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outubro 01, 2013
TANTO MAR, E SE ACABA
TANTO MAR, E SE ACABA
(Anderson Braga Horta)
Penso nos teus cabelos como em algas
de um mar que se fez só para o meu corpo.
No teu sorriso como numa praia
aberta à luz apenas do meu beijo.
O céu que eu vejo nos teus olhos mornos,
suave céu tropical, nele é que eu creio.
Sonho em teus seios trêmulos dois barcos
ancorados à espera do desejo.
À minha fome e sede a tua concha
abres (e que arquipélago de pérolas!),
e provo o gosto e a angústia de possuir-te.
Mas se este mar se acaba, cedo ou tarde...
Deixa que eu durma em tua natureza,
amemo-nos, amor, antes que acabe.
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