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outubro 03, 2013
NOITE DE VALPURGIS
NOITE DE VALPURGIS
(Ernani Rosas)
Náufrago brigue do Éter e do sonho,
Derramando um clarão tíbio e suicida...
O sol acena um áureo adeus à Vida
E doura a imensa estrada ante-sonho!
Âmbito argivo em mármore de estranha
Visão de torres e cruzes brancas,
Onde passaram adejos de asas francas
Das aves, se o luar neva à montanha...
Gotas nitentes pela luz douradas
São pérolas que um mar verteu um dia,
Junto às areias gris das alvoradas!
Exaurindo-se à luz dentre a agonia,
Difunde-se qual tule em nuvem alada...
Para voar a tua fantasia!...
outubro 02, 2013
ENQUANTO OS MAIS MEDITAM
ENQUANTO OS MAIS MEDITAM
(Ernani Rosas)
Deito o olhar dentre as trevas e vejo a noite
desdobrar o seu manto constelado;
e a linha do horizonte enevoado
desdobrar-se p'la Dor de rude açoite...
O vento e o mar dramáticos investem
contra as fráguas: é a vida, a fúria humana!...
e fecham o grande círculo de insana
luta dos elementos, com que vestem
A órbita do mundo sem poesia,
que decresce p'lo Tédio dia a dia...
e, a gente sente indômita saudade!...
De voltar ao inerte e a frágua dura,
diante da "Eterna Aurora" sem ventura
Que se resume em lama das vaidades!...
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