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outubro 03, 2013
SELVAGEM
SELVAGEM
(Tomaz Vieira da Cruz)
Ninguém, ninguém, ninguém me queira mais;
podem trazer-me tudo quanto existe:
as pérolas de Ofir e as irreais
ilusões que contentam quem é triste.
Podem trazer-me, em doidos vendavais,
a luz da f'licidade que sentiste,
mulher ditosa que em cortejo vais
seguida de quem ama de quem riste.
Podem passar, ó loucas multidões
que eu bem o sinto, em tétrica miragem,
o labirinto em vossos corações...
Podeis passar, ó luz do sol fecundo,
porque eu não troco o amor desta selvagem
por todas as grandezas deste mundo!
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