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outubro 01, 2013
ESPERAR ...
ESPERAR ...
(JG de Araujo Jorge)
Quanta gente há que sofre o mal sem cura
de uma infinita e vã desesperança,
condenada a viver só da lembrança
sem direito a esperar qualquer ventura.
E eu a chamar de angústia e de amargura
esta minha saudade ingênua e mansa
que faz com que sinta um pouco criança,
só porque a espero com maior ternura!
E eu a dizer que a minha vida é má!
Feliz é quem espera em bem que alcança
e eu sou feliz porque ela voltará...
Voltará - pressurosa e comovida -
Ah, poder esperar tendo esperança
é a mais doce esperança desta vida!
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Os dois últimos versos do segundo quarteto estão com o "pé quebrado". Não consegui localizar o original, mas creio que JG jamais cometeria essa infâmia em um soneto decassílabo com versos sáficos e heroicos.
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