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outubro 01, 2013
À SOMBRA DO SALGUEIRO
À SOMBRA DO SALGUEIRO
(Da Costa e Silva)
Porque fosses o sonho de ventura
Que eu tanto ambicionara e conseguira,
Nunca julgara, nem jamais previra
O transe cruel que agora me tortura.
Só a extensão de um grande mal sem cura
Poderia mostrar que me iludira;
Que a ventura na vida é uma mentira
Sempre falaz àquele que a procura.
Louco de dor, o espírito delira
E a Castália das lágrimas apura
A emoção de infortúnio que me inspira...
Mas foi tamanha a minha desventura,
Que pendurei, muda e quebrada, a lira
No salgueiro da tua sepultura.
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