Seja bem-vindo. Hoje é
outubro 02, 2013
A FLOR DO CÁRCERE
A FLOR DO CÁRCERE
(Olavo Bilac)
Nascera ali - no limo viridente
Dos muros da prisão - como uma esmola
Da natureza a um coração que estiola -
Aquela flor imaculada e olente...
E 'ele' que fora um bruto, e vil descrente,
Quanta vez, numa prece, ungido, cola
O lábio seco, na úmida corola
Daquela flor alvíssima e silente!...
E - ele - que sofre e para a dor existe -
Quantas vezes no peito o pranto estanca!...
Quantas vezes na veia a febre acalma,
Fitando aquela flor tão pura e triste!...
- Aquela estrela perfumada e branca,
Que cintila na noite de sua alma...
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada.